24.1.11

Encontros e Despedidas

Não tem como descrever o que sinto agora. É um misto muito estranho de coisas muito ruins e muito estranhas, completamente novas. E todos os dias eu pensava em vir escrever e, por algum motivo macabro - preguiça - eu desistia.
Hoje voltei. Voltei pra dizer que sou mais uma solteira no mundo. Terminar um namoro, pelo visto, é algo bem ruim. Pior é quando você passa quase 2 meses esperando por uma pessoa, que no final, por uma mudança de planos inesperada, inclusive por ele, diz que "I guess it's time you move on with your life". Esperar mais 6 meses é muito, seria pedir muito e eu sei disso. Mas estava eu aqui esperando por ele.
Conversava com um amigo ontem e dizia sempre "caso" aconteça isso ou aquilo.. e ele me criticou dizendo pra parar com os "casos". Expliquei que é a maneira que tenho de me defender de algo completamente incerto, sem me jogar de cabeça num relacionamento que sabia lá Deus se iria dar certo(apesar de muuuita gente achar que eu estava respirando só a ele e esquecendo de mim. Erroneamente).
Hoje, não com ar de vitoriosa, mas sabendo que eu tenho muito azar pra vida, lamentei com o ele o fato e pude, infelizmente, dizer que estava certa quando ficava com meu pé atrás.

Estou solteira e não tive muitas explicações. Foi assim sempre, coisa que sempre odiei. E só sei que julho está longe e homem nenhum, por amor nenhum faria algo diferente. Não que eu conheça.
Não o culpo, não o acho inocente. Nem me culpo, mas me sinto boba e envergonhada, por algum dia achar que um relacionamento com tantos contratempos e poréns poderia dar certo.
Talvez porque o que era bom superabundava tudo de ruim e a gente vê esperança nessas coisas.
Estou solteira e choro como criança e tomo remédio de adulto pra dormir e não chorar mais. E tenho vontade de sair andando daqui pra Africa e lá ficar e ir atrás de quem eu quero. Mas hoje não tenho dinheiro pra pagar em um ônibus daqui pra Sao Paulo.

Não bastassem todas as coisas que estou passando, sabia que pelo menos uma delas, passaria e seria a coisa boa de saldo do começo do ano. Tem muito de ruim acontecendo, muito de estranho e não sabendo lidar com nada disso, sabia que quando ele voltasse, era menos uma aflição pro meu coração.
Não tem mais aflição. Não tem mais "quando ele voltar". Não tem mais nada.
Não tenho mais nada. 
E eu, que sempre fui muito ruim com essa coisa de me relacionar com homens, estou antecipando o sofrimento que será estar sozinha novamente. Estou sofrendo por antecipação algo que na verdade não me preocupa agora, nesse momento e que na verdade é o que tem acontecido quando você tem alguém mas não tem e vive, na verdade, como se solteira fosse, tirando o fato de que não se procura e não se olha pros lados na intenção de achar alguém interessante. 
Sofro pela perda de quem foi realmente especial.

Sábado, com amigos, disse que não queria mais um namorado estrangeiro, caso ele me largasse, caso não déssemos certo... E foi o que aconteceu. E não, não quero nada disso mais, se é que alguma coisa vai aparecer na minha vida. Não preciso sofrer os encontros e despedidas, sem novas despedidas. Desta vez, uma vez foi mais que suficiente.

E repito, a única coisa que salvaria esse janeiro tão mal começado, era a volta dele. E termino o mês sabendo que nada, absolutamente nada salva dentre esses 30 dias.
Não tenho pretensão de achar que mereço isso ou aquilo. Não gosto do gosto amargo que tem perder quem se gosta. Não pretendo me envolver nessas coisas de novo. Nem nunca fui muito pretendida, não será agora.
Me despeço do mundo bacana de viver a fantasia de se ter alguém.

0 falam(m) e eu escuto.:

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