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É interessante ver como a  gente se  conhece mal. Pelo menos eu me conheço muito mal em certos aspectos.

Muitas vezes eu não faço idéia do que realmente se passa comigo porque eu não paro pra pensar nisso. Daí eu viajo, vou pro retiro da minha igreja e volto a pensar em tudo que não está resolvido em mim.

Falo mais do que não exercer minha profissao ou coisa do tipo. Estou vivendo um ciclo de faço/não faço/abandono/medo há uns 4 anos. E ocm o tempo isso foi se tornando algo tão habitual que hoje eu ajo como se fosse o normal, como se minhas atitudes fossem as coisas mais normais do mundo. E semana passada lembrei que não são.

Nunca vi alguém fugir como eu. De mim mesma, do mundo, dos desafios, das pessoas. Lógico que nada é tão simples e eu sei muito bem o motivo disso, inclusive meus sintomas têm estado mais latente.

Tá, sintoma latente, my ass, to numa bela crise, sem me mover. Por que? Por todos os motivos do mundo, e esses aí.

Mas daí eu parei pra pensar em tudo e me desesperei, de certa forma. Porque quando a gente percebe que o mundo tá andando e colocando a bunda na janela pra vc passar a mão, tudo fica mais desesperador.

Quando todos caminham, você estaciona. Quando todos enfrentam as coisas, você desiste delas, quando as pessoas se apaixonam, até, você não quer nem pensar nisso.

Porque hoje eu não sei lidar com meus fracassos, não sei lidar com derrotas. Lógico que nunca fui corajosa demais, mas eu ia e fazia. E aceitava minha derrota. Hoje eu evito, porque não saberia lidar com ela.

Ninguém tem absolutamente nada a ver com isso, só minha médica, que nem sabe mais como estou(porque eu fugi, claro).

Em pleno feriado, meu único desejo é ir ao médico.

Ah, e perder os 4 quilos que ganhei em 2 meses.